19º Bora?! - 07 a 09 de Setembro de 2018
O tempo passa rápido e a 19ª Edição do Bora?! vem a todo vapor! Hora de colocar os pés na estrada e rever os amigos! O destino da vez será a bela região da estrada real, cidade histórica próxima das estâncias hidrominerais de Caxambu e São Lourenço.
No Sul de Minas, às margens da Estrada Real, encontra-se Baependi, cuja origem nos princípios da ocupação do território mineiro a torna uma das mais antigas localidades do Estado.
Por estar na serra da Mantiqueira, possui clima e paisagens especiais, o que a torna um paraíso ecológico, ou seja, 44% do Parque Estadual da Serra do Papagaio estão em terras de Baependi. São mais de 50 cachoeiras, trilhas e locais para acampar. O calendário de eventos da cidade é intenso, do primeiro ao último mês do ano: como exemplo, citamos o carnaval, a Semana Santa e o Festival Cante e Conte. O turismo religioso faz de Baependi um importante destino. O Santuário da Serva de Deus – Nhá Chica atrai centenas de devotos, que aproveitam a oportunidade para visitar na cidade seu túmulo.
A partir da entrada da bandeira de Fernão Dias, a região que hoje forma o Sul de Minas se torna rota de bandeirantes famintos pelas riquezas naturais. O historiador Diogo de Vasconcelos descreve a rota feita pela bandeira de Fernão Dias, na qual é citado o local que, no futuro, seria Baependi. “Pouco mais adiante passaram o rio Passa-Trinta (hoje Passa Quatro), e vieram a Capivari, aonde, chegando a um sítio ameno, descansaram algum tempo, dando-lhe o belo nome de Mbáépendi (Pouso Bom ou Alegre) estabelecer o primeiro arraial na Ibiturana...”
Em documentos do século 18, aparecem as grafias – Mapendi, Maipendi, Mbaipendi. Alguns pesquisadores explicam o significado para o vocábulo.
· “Que nação é a tua?” (Monsenhor Marcos P. G. Nogueira)
· “Caminho ruim” (Francisco Freire Alemão)
· “Cousa aberta, limpa” (Alfredo Carvalho)
· “Pouso Alegre” (Diogo de Vasconcelos)
· “Muitos caminhos dependurados” (José Mendes de Almeida Junior).
Para vários historiadores, os primeiros a alcançar a região foram Antônio Delgado da Veiga e seu filho João da Veiga e Manuel Garcia. Tem-se notícia de que, no ano de 1717, o provedor dos quintos do Registro da Mantiqueira, capitão-mor Tomé Rodrigues Nogueira do Ó, construiu a primeira casa da região; pouco tempo depois surgiu um povoado motivado pela mineração do ouro, mas as reservas eram poucas e logo acabaram. Assim, a opção para a sobrevivência da população foi a agricultura. Nessa época várias sesmarias foram concedidas: 1726, a Isabel de Souza, viúva de Carlos Pedroso da Silveira; 1727, a Leonel da Silveira e Souza; 1732, a Inácio Carlos da Silveira; 1735, a Helena da Silva, viúva de Manuel Moreira. O capitão-mor Tomé Rodrigues, em um requerimento datado de 4 de abril de 1723, pediu ao Bispo de São Paulo para designar o padre Francisco B. do Monte Carmelo para orientar as almas piedosas – “Nesta igreja e freguesia de Nossa Senhora dom Monserrate de Baependi”. No Livro de lotação das freguesias deste bispado de Mariana encontra-se a anotação, “Acha-se nos assentos da freguesia de Nossa Senhora do Monte Serrate, da vila de Baependi, que mostra um deles haver sido fundada aquela igreja no ano de 1723 e, por alvará de 2 de agosto de 1752, fora confirmada como colativa”.
No ano de 1754, Luís Pereira Dias doou um terreno na margem esquerda do rio Baependi para a construção da Igreja Matriz. O povoado ganhou o título de vila no ano de 1814. Tornou-se sede de Comarca após ser separada a Comarca do Rio das Mortes em 1855; um ano depois, no dia 2 de maio, foi elevada à categoria de cidade..
Texto: Descubra Minas
http://www.descubraminas.com.br/Turismo/DestinoApresentacao.aspx?cod_destino=23